7 de janeiro de 2011

GRIFE MASCULINA.

 GRIFE COMEMORA 100 ANOS.

Ermenegildo Zegna, 55 anos, neto homônimo do lendário fundador da grife masculina que leva seu nome e CEO da empresa, chegou a São Paulo, na semana passada, com uma certeza: no mercado de luxo, o Brasil cresce mais que a China, a coqueluche do mercado consumidor mundial.

Em 2009, as vendas de produtos da grife, por aqui, cresceram 38%, contra 29% do mercado chinês. “O Brasil tem um imenso potencial nessa área. E a partir de 2011 deve alcançar a posição de número 10 no mercado global da marca”, empolga-se Gildo Zegna. Com certeza, os mais de 130 mil milionários espalhados por todo o País são protagonistas nessa história rentável.
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Ermenegildo Zegna, CEO da marca italiana, quer conquistar os chiques e elegantes de todo o país
Por essa razão a grife está de olho nas grandes cidades brasileiras. Desde que a Ermenegildo Zegna aportou em São Paulo, em 1998, a marca tem traçado sua estratégia de conquista do território nacional de maneira silenciosa, bem ao gosto de seus clientes privês. Com um passo de cada vez, vem conquistando a preferência dos brasileiros ricos e poderosos. 
“Hoje temos seis lojas no País: quatro em São Paulo, uma no Rio de Janeiro e, este ano, inauguramos uma no Shopping Iguatemi, em Brasília. Entendemos que os consumidores brasileiros fora do eixo Rio-São Paulo, hoje, compreendem bem o conceito fashion da Zegna. Por isso queremos expandir o negócio para outras capitais”, diz Gildo, como prefere ser chamado. 
Segundo o executivo, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte são cidades que estão no foco da marca. Outras grifes também devem seguir 
a estratégia. Hugo Boss e Ricardo Almeida, por exemplo, já se instalaram em Brasília. Essa vocação crescente do Brasil para ser um dos grande mercados mundiais de luxo levou Gildo Zegna a incluir o País, o único da América Latina, na sua turnê de comemoração do “Centennial” – como foi batizado o centenário da grife, completado este ano. 
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Modelos desfilam peças da linha centennial, criada para comemorar os 100 anos da marca
Além da flagship da marca em São Paulo, somente as lojas de Milão, Londres, Xangai e Nova York tiveram o privilégio de tê-lo em contato com os clientes VIPs. O executivo também veio pessoalmente ao País escoltando três relógios (R$ 75 mil cada um), três canetas (R$ 15 mil) e três pares de abotoaduras (R$ 10 mil), todos em ouro rosa, da exclusiva linha Centennial. 
Criada para comemorar os 100 anos da Ermenegildo Zegna, a linha traz esses acessórios sofisticados e numerados de 1 a 100, além de peças prontas e uma peça de tecido, que resgata uma das padronagens criadas pelo fundador.  A presença de Zegna por aqui não é apenas uma maneira de ser cortês com sua clientela, que desembolsa até R$ 16 mil por um terno completo. Ele e seus associados estão de olho nos cerca de R$ 15 bilhões que o mercado de luxo deve movimentar até o fim do ano. 
Um crescimento de 22% em relação a 2009, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers. “De janeiro a setembro, já tivemos um crescimento de 14% em nossas vendas aqui”, revela Zegna, a bordo, é claro, de um legítimo terno double breasted (o famoso jaquetão) assinado pela empresa da família. Aliás, o elegante executivo apregoa: “O double breasted vai voltar com tudo no inverno. E é ótimo para homens que estão acima do peso, porque a maneira de abotoar seu paletó esconde a má forma”, diz, para alívio de José Sarney e da trupe de Brasília adepta do modelito.  
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Os três produtos numerados de 1 a 100 da linha centennial (só três de cada um vieram ao brasil): a caneta (R$ 20 mil),
o relógio (R$ 75 mil), confeccionado pela suíça girard-perregaux, e as abotoaduras (R$ 15 mil). Todos em ouro rosa
Gildo acha que um dos grandes trunfos da Zegna para conquistar de vez a preferência do brasileiro é a linha upper casual. “É um casual elegante, sem gravata, que acredito afinar mais com o gosto descontraído do brasileiro.” O exclusivo serviço de “su-misura” (ou sob medida), um dos xodós da marca – responde por 10% do faturamento anual da Zegna –, também é uma arma que Gildo pretende usar aqui. 
O homem sofisticado viu seus fiéis alfaiates de mão cheia irem fechando seus ateliês e essa opção oferecida pela Zegna acolhe os órfãos desse serviço. No “su-misura” o cliente é atendido na maior sala da loja, com espumante e outros mimos glamourosos. Pode-se montar o terno escolhendo tecido, botões e até a cor dos pespontos. O terno custa a partir de R$ 6 mil e demora dois meses para ficar pronto (é confeccionado na Suíça). “A customização é o grande diferencial do luxo hoje. É o que deixa o produto mais exclusivo. E o brasileiro também gosta disso.”  


DESFILE DE 100 ANOS E LANCAMENTO DO TECIDO  COOL EFFECT.

COOL EFFECT É UM TECIDO QUE ABAIXA ATÉ
10 GRAUS A TEMPERATURA NO CALOR.



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